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Maria Padilha e o filho, Manoel ( Foto: Estevam Avellar/ Rede Globo/ Divulgação; Reprodução/ Instagram)
Maria Padilha e o filho, Manoel ( Foto: Estevam Avellar/ Rede Globo/ Divulgação; Reprodução/ Instagram)

Justiça 2 (Globoplay) irá contar a história de Balthazar (Juan Paiva), que é acusado injustamente de ter roubado um restaurante. Ele é preso e passa sete anos de sua vida na cadeia por um erro que não cometeu.

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Uma das pessoas responsáveis pela prisão do rapaz é Silvana (Maria Padilha) que, ao lado do marido Nestor (Marco Ricca), confirma a identidade dele em um catálogo digital de suspeitos da polícia.

Após sete anos, ao reencontrar Balthazar livre e inocentado do crime de que foi acusado, Sivana decide ajudá-lo. No episódio que estará na plataforma hoje, Silvana conhece o barraco que ele alugou.

“No barraco, ela se defronta pela primeira vez com a realidade de uma pessoa negra moradora da favela. Uma realidade bem diferente da dela, que vive num palácio. Pra mim, foi uma cena difícil de fazer”, conta a atriz de 63 anos ao jornal Extra.

“Ela é como a maioria da população brasileira. Vê uma foto de um menino negro que arrumou confusão na noite anterior no restaurante e o acusa. Será que se fosse um loiro de olho azul ela faria o mesmo?”, disse Maria, que é mãe de Manoel, de 12 anos, que é negro.

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“É um assunto que me toca bastante. Já vivenciei vários casos de racismo. Minha avó foi uma militante antirracista no começo do século 20, muito antes de se falar disso. O racismo indefinido do Brasil acaba sendo mais problemático do que nos Estados Unidos. Lá, os negros puderam se organizar melhor porque o racismo era na cara. Aqui é disfarçado. Quando você tem um filho que passa por isso, desperta uma fúria dentro de si”, declarou.

Recentemente, Maria realizou um desabafo em suas redes sociais sobre um episódio de racismo que envolveu Manoel, adotado aos 2 anos por ela e o então marido, Orlando Schaider:

“Em casa, aos poucos essa conversa acontece. Me lembro da primeira vez que ele perguntou: “mãe, por que sou marrom?’’. Juntei os braços de todo mundo e mostrei que ninguém é da mesma cor. Sou clara, mas minha família tem mistura. Não existe branco no Brasil, é maluquice brasileiro achar que é branco. Todos somos pretos de algum modo”.

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