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Júlia Besserman, filha do Bussunda, fala pela primeira vez após a morte do pai

Júlia Besserman falou sobre o luto na época da morte de Bussunda e das memórias que têm sobre o pai

Júlia Besserman, filha de Bussunda – Reprodução / Instagram – Divulgação / Memória Globo

Júlia Besserman, pela primeira vez após a morte de seu pai, Bussunda, falou sobre a experiência do luto, bem como sobre as memórias que ainda vivem do humorista.

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Por meio de uma entrevista ao jornal O Globo, ela também contou sobre o documentário “Meu Amigo Bussunda”, que estreia no Globoplay na próxima quinta-feira, e que ela ajudou a dirigir, ao trazer um pouco dessas lembranças para os episódios.

Bussunda morreu na Copa de 2006, vítima de um ataque cardíaco, e Júlia tinha apenas 12 anos na época. Ela contou que o pai a ensinou a pegar onda e disse que ele mandou fazer uma prancha para que a família pegasse onda juntos no Havaí, mas, infelizmente, isso não aconteceu. Por isso, Júlia se afastou do mar.

Nesse sentido, ela revelou que ficou míope e não conseguiu mais enxergar as ondas. Por conta de ser algo genético, Júlia declarou que o processo pode ter sido acelerado após a morte de Bussunda.

Hoje, aos 27 anos, Júlia é professora de storytelling, roteirista, mas fez de tudo para evitar o luto, pois se sentia culpada.

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“Pensava: ‘Se tivesse ligado no dia, talvez ele tivesse ido ao médico'”, disse ela.

E prosseguiu: “Fiquei de luto por um mês, e voltei à escola na época das provas. Botei na minha cabeça que tinha sido suficiente. Aí, cheguei na faculdade muito mal. Claramente, não lidei com nada. Há dez anos faço terapia.”

Ela contou, também, que quando recebeu a notícia da morte do pai, ela teve uma sensação muito ruim:

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“Me perguntei: “Por quê? Por que com a gente?”. Achei uma injustiça enorme. A sensação foi de um balde de água fria, que gela da cabeça aos pés. Imediatamente, comecei a chorar.”

 Contudo, Júlia revelou que herdou o bom humor de Bussunda.

“Minha cara é do meu pai, mas meu superpoder não é minha barriga (risos). Meu humor é parecido com o dele, a timidez”, brincou.

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Por fim, Júlia contou o que diria ao pai se soubesse que ele partiria tão cedo de sua vida:

“Aquele clichê sobre o quanto eu o amava. Queria que soubesse que foi um puta pai mesmo pelo tempo curto, que isso eu não por trocaria por nada.”