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Apenas o voto único pode salvar o BBB

Sistema de votação precisa ser alterado com urgência para refletir o verdadeiro querer do público do programa e não o resultado de mutirões de fandom e torcidas organizadas

Boninho, diretor do BBB. Divulgação Globo
Boninho, diretor do BBB. Divulgação Globo

Esta semana, durante uma live, um seguidor debochou: “Jorge, suas enquetes dos paredões do BBB23 não acertam uma!”. Respondi que não apenas as enquetes do meu canal no YouTube, mas nenhuma outra acerta quem será eliminado, simplesmente porque as pesquisas de opinião refletem o querer do público do programa, enquanto as votações oficiais do Gshow são resultado dos mutirões das torcidas fanáticas. E essa distância entre o que os apaixonados por reality show desejam e o que acontece no programa é que está matando não só o Big Brother Brasil como também qualquer outra produção do gênero. Então não hesito em afirmar que: apenas o voto único pode salvar o BBB!
Mas como faria isso? Simples! A produção do programa deveria exigir o cadastro para votações feito com um documento oficial, RG, CPF, CNPF, algo que não possar ser falsificado ou burlado. Isso acabaria com os mutirões insanos, com lan houses sendo alugadas para votações incessantes e até mesmo pessoas sendo pagas para votar em determinado candidato, tendo inclusive que apresentar prova de que cumpriu a meta de votação por minuto. Com esse sistema, o orgulho de ter milhões de votos cairia violentamente, mas o resultado dos paredões e até mesmo de vitórias seriam mais honestas e condizentes com quem assiste o programa e não com mobilizações de torcidas organizadas.

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De verdade, quem realmente se sente motivado a ir ao site do Gshow votar sabendo que é apenas uma gota no oceano, perto de quem tem condições financeiras ou fanatismo para virar a noite no site? Não é à toa que os números caíram, não só nos resultados das votações, como também na audiência, já que determinado candidato que o espectador realmente deseja ver fora do reality vence a disputa contra outro que, por motivos pra lá de subjetivos, cativou um fandom disposto a deixá-lo no programa.

Já faz alguns anos que o Big Brother deixou de refletir o real querer de seu público, mas a situação tornou-se mais agravante nas duas últimas edições e é gritante no BBB23. Nenhuma enquete bate mais com o que ouvimos de um visivalmente constrangido Tadeu Schmidt, às terças-feiras, porque, simplesmente, não é o fã do reality que decide os rumos do programa e sim o fandom mais organizado. Ah, mas o programa precisa de números vultuosos para impressionar o mercado publicitário. Que se conquiste então mais brasileiros interessados em acompanhar as dinâmicas da atração e não números fakes e não representativos.

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É preocupante pensar o que será do BBB24 e, mesmo com Boninho já anunciando novas dinâmicas para o ano que vem, será bem difícil ele manter a fidelidade de quem já se desiludiu com as votações e mais complicado ainda será conquistar novas audiências. Por isso não custa repetir: dê ao verdadeiro admirador do Big Brother Brasil o direito de interferir na atração. Instaure o #votoúniconobbb em 2024, do contrário vamos acompanhar mais uma triste agonia do mais importante programa da TV brasileira.

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