Samara Felippo celebra os 25 anos de Malhação: ‘Cresci, crescemos’
Atriz emociona ao relembrar a personagem Erica: ‘Lá foi onde trabalhei duro, onde me apaixonei perdidamente’
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A atriz Samara Felippo já começou a comemorar os 25 anos da estreia de Malhação, da Globo. Em suas redes sociais, ela relembrou a época em que interpretou Erica, uma adolescente que tinha Aids, na temporada de 1999.
Com um depoimento emocionante, a artista relembrou as experiências que teve na época, as amizades que duram até hoje e a morte de seu pai que aconteceu na época das gravações.
“Lembro bem desse dia das fotos, era na Tycoon, extinto estúdio de TV da Globo no RJ. Era prova de figurino da Erica. Era uma mudança radical pra Malhação nesse ano de 1999/2000. Deixava de ser academia e se tornava uma escola: Múltipla Escolha, em frente ao Guacamole. Foi onde conheci alguns que hoje são grandes amigos, alguns que nossos caminhos se separaram e outros que não sei como trilharam seus caminhos. Tenho saudades. Tenho vontade de saber por onde andam. Tenho vontade de abraçar essa galera de novo”, disse ela.
Então, Samara completou: “Lá foi onde trabalhei duro, exaustivamente, onde me apaixonei perdidamente, viajei o Brasil, virei capa de revista, capa de caderno. Personagem que me trouxe e levou a tantos jovens na época, a realidade e a consciência sobre a AIDS, camisinha, DST’s. Assuntos tão tabus e tão necessários sempre. Foi ela que me fez descobrir novos mecanismos de interpretação, de busca emotiva. Ela que passou comigo pela perda do meu pai”.
Na sequência, ela contou mais sobre a importância deste trabalho em sua vida. “Era uma Samara de 21 anos que achava que sabia muita coisa, que achava que era empoderada (palavra que nem existia) mas estava insegura com a barriga de fora na prova de figurino, mesmo se encaixando no padrão (menina branca e magra) e vivia rodeada pelo racismo recreativo e machismo usual. Cresci, crescemos”, afirmou e completou:
“Vejo hoje nas minhas redes quantas meninas queriam ser a Erica naquela época. Como fui desejada. Não tínhamos redes sociais e com isso, sem muita noção do que representávamos. Torço pra que aquela geração tenha aprendido tanto quando eu nesses anos e que se tiveram filhos, que seja uma nova e revolucionária geração. O tempo não volta e eu continuo em plena e constante desconstrução…”
