Publicidade
Regiane Alves – Globo / Fábio Rocha

A atriz Regiane Alves guarda boas recordações da personagem Clara, que interpretou na novela Laços de Família, que está no ar no Vale a Pena Ver de Novo, da Globo. Tanto que ela relembrou as cenas mais marcantes que interpretou na novela.

Publicidade

“A cena do atropelamento da Clara e da filha, que gravamos nas ruas no Leblon, no começo da trama. A cena em que o Fred vai embora de casa e ela fica sozinha com a filha, sofrendo, e entra a trilha da personagem, ‘Devolva-me’, na voz da Adriana Calcanhoto, também marcou muito. E, claro, a cena que a Clara desmascara a Capitu dizendo que ela é uma garota de programa. Me lembro até da Maria Paula no Casseta & Planeta fazendo a imitação da personagem”, disse ela.

Regiane até contou mais sobre como gravar a cena de Clara e Capitu no casamento da Camila. “Foi impactante. Para mim, depois da cena em que a Camila raspa a cabeça, essa é uma das mais lembradas pelo público. Tinha 21 anos, uma cena difícil para fazer, e na frente daquele elenco de feras. Sabia que era uma sequência muito importante, que marcava a reviravolta na trama, então, me preparei bem para ela. Lembro que exigiu muita concentração”, relembrou.

A atriz também lembrou da reação do público na época de Laços de Família, já que confundiam a personalidade dela com a da personagem. “Por muito tempo ouvi as pessoas dizerem que achavam que eu era igual à personagem ou perguntavam para quem me conhecia se eu era como na novela. Ela é chata? Enjoada?, diziam. Nas ruas as pessoas falavam ‘Vai perder o Fred para a Capitu’, e ao me conhecerem, percebim que eu era bem diferente da Clara”, declarou.

Por fim, Regiane Alves relembrou da sua boa relação com o autor Manoel Carlos, já que teve a chance de atuar em três novelas dele: Laços de Família, Mulheres Apaixonadas e Páginas da Vida.

Publicidade

Fiz uma trilogia com o Manoel Carlos! Acho que ele confiou e me deu oportunidade para mostrar o meu trabalho. Nessa carreira a gente sempre precisa de alguém que confie, acredite e nos dê a chance de mostrar o nosso potencial. Me lembro uma vez de ele me dizer que eu era uma atriz que não defendia a personagem e fazia exatamente como estava no papel. Nunca o meu ego entrava na frente, eu nunca questionava as atitudes e ações da personagem, não fazia julgamentos, era aquilo que estava escrito e assim eu executava. Não tive medo de ser julgada. Com o passar dos anos isso fica um pouco mais difícil, confesso. Eu sempre dizia ao Maneco que eu tinha a sensação de que ele ficava atrás da porta, vendo e ouvindo tudo acontecer pelo buraco da fechadura. A forma como ele traduz a alma feminina e seus conflitos é de muita sensibilidade e de grande conhecimento. Eu tenho muito gratidão e saudade“, finalizou.