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Fernanda inicia agora uma nova jornada – Divulgação

Criadora e autora de Os Normais (2001/2003), Os Aspones (2004) Minha Nada Mole Vida (2006), O Dentista Mascarado (2013) e Shippados (2019), Fernanda Young faleceu na madrugada de hoje (domingo 25), aos 49 anos, em Minas Gerais. Segundo informações, a atriz, escritora e roteirista sofreu uma crise de asma seguida de parada cardíaca. O corpo dela será velado e enterrado na tarde deste domingo. Na noite de ontem (sábado 24), Fernanda fez sua última postagem no Instagram ao publicar uma foto do seu sítio com o texto: “Onde queres descanso, sou desejo”.

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Fernanda curtia o fim de semana no sítio da família, em Gonçalves (MG), quando sentiu-se mal. Foi levada de ambulância para o Hospital Frei Caetano, na cidade vizinha, Paraisópolis, e a equipe médica tentou reanimá-la. Mas sem sucesso. Ela foi atendida volta da 1h45 e morreu às 2h53. Ela deixa o marido, Alexandre Machado, e quatro filhos: as gêmeas Cecília Madonna e Estela May, de 19 anos, e os adotivos, Catarina Lakshimi, de 10, e John Gopala, de 9. O velório ocorrerá hoje, às 13h, no cemitério Congonhas, em São Paulo. O sepultamento acontecerá às 16h15 e será aberto ao público.

Nascida em Niterói (RJ), Fernanda se preparava para estrear, em São Paulo, o espetáculo Ainda Nada de Novo, ao lado da atriz Fernanda Nobre. Curiosa e provocadora, ela cursou a faculdade de letras da Universidade Federal Fluminense e também iniciou graduação de Rádio e TV, da Faap, mas não chegou a se formar em nenhuma delas. Sua primeira experiência artística foi como atriz, chegando a participar da novela O Dono do Mundo, como a governanta de Felipe Barreto, papel de Antonio Fagundes.

Em 1995, iniciou a parceria com o marido, Alexandre, como roteirista da Globo. A estreia foi com a série A Comédia da Vida Privada, da Rede Globo, adaptação de textos de Luis Fernando Veríssimo. No ano seguinte, lançou seu primeiro livro, Vergonha dos Pés, pela editora Objetiva. Mas o grande sucesso da dupla foi mesmo Os Normais, comédia estrelada por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães, exibida entre 2001 e 2003, e que gerou dois filmes em 2003 e 2009.

Outras séries vieram (Os Aspones, Minha Nada Mole Vida, Separação?!, O Sistema…), além de 14 livros (entre eles Pos-F, Estragos e A Mão Esquerda de Vênus) e programas como Irritando Fernanda Young (2006/2010) e Confissões do Apocalipse (2012), ambas na GNT. Em 2009, Fernanda foi capa da revista Playboy e defendeu assim a decisão de posar nua: “Espero que mais mulheres inteligentes e incomuns posem para a revista, cada vez mais nuas e mais livres”. Já em 2013, voltou a atuar (e também escreveu) o seriado Surtadas na Yoga e, no mesmo ano foi indicada ao Prêmio Emmy Internacional, na categoria comédia, pela série Como Aproveitar o Fim do Mundo.

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Este ano, ela e Alexandre levaram ao ar seu mais recente projeto: a sitcom Shippados, lançado pela Globoplay, com Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch. Tatá escreveu um longo texto sobre a perda da amiga. “Como você mesma disse num texto há pouco tempo: sua jornada está longe de terminar. E ela continuará. Tuas palavras estão fortes. Sua imagem. Sua autenticidade. Sua potência. Deixo o meu carinho inútil perto dessa dor pro querido Alexandre Machado e pros seus filhos e filhas tão doces que conheci. Querida Fernanda. Puta que pariu! Obrigada. Deus abençoe tudo!”, escreveu num trecho.

Vários outros artista também se manifestaram sobre a morte de Fernanda. “Chocado com essa notícia. Fernanda Young, escritora talentosa, polêmica, divertida, autora (com seu marido Alexandre Machado) da melhor série brasileira até hoje, Os Normais, entre outros trabalhos. Uma pessoa bacana a menos no Brasil”, escreveu Helio de La Peña no Twitter. “Fernanda Young… Provocadora, ousada, irônica, inteligente. Grande talento. Eu era fã e amigo”, disse Marcelo Rubens Paiva. Descanse em paz, Fernanda!

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