Aguinaldo Silva abre o jogo sobre cena marcante de Teodora em Fina Estampa

O autor Aguinaldo Silva contou um pouco sobre a cena marcante em que Teodora (Carolina Dieckmann) viu o filho pela primeira vez após abandoná-lo com o pai na novela Fina Estampa, da Globo. Em um depoimento nas redes sociais, ele declarou que a sequência marca uma mudança na personalidade da personagem e, para ele, também traz uma memória dos bastidores da novela.

“Ontem foi ao ar uma das cenas, para mim, mais fortes de Fina Estampa. Aquela em que Teodora, dentro de um táxi com Wallace, vê seu filho Quinzinho passar em câmera lenta montado no cangote de Quinzé, o pai… E então seu coração de mãe pela primeira vez balança. Esta seria para mim a cena capital da trama. Minha mãe, dona Maria do Carmo Ferreira, sempre dizia que “mãe é mãe”. E eu queria mostrar que Teodora, apesar de parecer um monstro, poderia vir a ser redimida pelo amor que toda mãe, por mais desnaturada que seja, sente pelo filho“, disse ele. 

Aguinaldo adiantou que a sequência é importante para a mudança que surgirá em Teodora. “A cena marca o começo da virada de Teodora. Não que ela saiba disso – não sabe e ainda vai aprontar muito na novela. Mas no final, como em toda história exemplar, será o seu coração e o amor pelo filho que vão prevalecer.“. 

Logo depois, o autor de novelas relembrou dos bastidores de como foi escrever a cena para a novela. “Outro fato marcante em relação a esta cena é que ela foi escrita num momento muito difícil da minha vida pessoal, quando tive que escolher entre o que achava que era minha felicidade e a novela. Para o bem dos meus empregadores eu, como sempre, escolhi a novela, que teve a maior audiência da década e voltou agora triunfante nesta edição especial para estabelecer – de novo – altos padrões de audiência”, disse ele, que continuou:

“As pessoas que veem – e que julgam – a novela não sabem que, por trás daquelas histórias todas, existe alguém que as escreveu e que abdicou de sua vida pessoal, sublimou o cansaço e até mesmo as doenças para tentar alcançar o maior nível possível de excelência… Sem jamais conseguir, é claro, pois a urgência do trabalho não o permite. Se, agora vendo tudo isso tão à distância, eu me arrependo de alguma coisa? Claro que sim: me arrependo de não ter feito melhor ainda.”