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Samara Felippo comenta racismo sofrido pelas filhas

Atriz compartilhou alguns comentários publicados por uma pessoa falando sobre o cabelo das meninas

Samara Felippo – Reprodução / Instagram

Samara Felippo recorreu usou suas redes sociais para falar sobre um assunto sério. A atriz comentou sobre algumas mensagens preconceituosas que tem recebido falando sobre o cabelo das filhas Alicia, de 12 anos, e Lara, de 8, que são fruto de seu relacionamento com o jogador de basquete Leandrinho.

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“Gatilho! Leiam o texto! Olhem essas frases, como bate em você? Não quero linchamento, apenas reflexão. Não adianta você simplesmente dizer que não é racista. É preciso pensar e agir. Imaginem quantas crianças pretas sofrem todos os dias, deixam de estudar, machucam seu coro cabeludo pra alisarem os cabelos, se odeiam e crescem cheias de dores e traumas. Comecei meu trabalho como ativista nas redes sociais sem saber nada, comecei meio que num baque de ódio por minha filha querer alisar o cabelo aos 7 anos pra se encaixar na turminha de amigas brancas da escola. Fui me desconstruindo a cada dia, a cada descoberta e uma delas foi o quanto cresci racista”, lembrou.

Ela continua: “Nessa reeducação, fui procurando, estudando e aplicando em casa com minhas filhas. Mas você branco não precisa ser pai ou mãe de uma criança preta para começar a agir. Através do @muitoalemdecachos , um canal que criei no youtube com elas (parado por enquanto), criamos muito conteúdo lindo e representativo para que elas passassem a se amar e amar seus cabelos, porque situações racistas iriam chegar”, ressalta.

A atriz ainda acrescenta: “Acredito que existem muitas formas de combater o racismo, a 1º é nomear, racismo, ele existe e é um fato, a 2º é brancos reconhecerem seus privilégios e a 3º pra mim, dentro da minha história é a representatividade positiva, não só para crianças pretas se reconhecerem e entenderem que seus cabelos, traços e raízes são sinônimos de beleza mas para que crianças brancas cresçam com a normalização de corpos pretos ocupando espaços relevantes, de destaque por toda a sociedade”.

E finaliza: “E na minha jornada os cabelos foram o que mais me ajudou a elevar a autoestima, a sensação de pertencimento e empoderamento das minhas filhas. É muito significativo o que o cabelo representa na ancestralidade de uma criança preta. Essas não são as primeiras e nem serão as últimas frases que lerei ou que elas terão que lidar. Fica aqui minha reflexão pra você branco que me segue: Como reconhece e o que faz numa situação racista? A escola de seus filhos tem uma educação antirracista? O q você acha que ainda reproduz mergulhado dentro da sua bolha branca?”, questiona.

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