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Sandy lança novo EP, que foi gravado durante a pandemia

Cantora faz projeto para expressar o que sentiu nos meses de isolamento social

Sandy – Divulgação

A cantora Sandy realizou uma coletiva de imprensa na noite desta terça-feira, 13/10, para anunciar o lançamento do seu novo EP, chamado 10:39. O novo projeto musical foi feito totalmente durante a pandemia do novo coronavírus e foi um jeito que ela encontrou de expressar tudo o que sentiu e assimilou no isolamento social.

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“Eu estava muito ansiosa para lançar isso, gente do céu! Mal dormia ontem. Esse momento chegou, finalmente! Demorou para desenrolar tudo, porque trabalhar na pandemia é complicado, tudo é mais difícil, mais custoso, mas deu certo. Graças a deus”, festejou.

O novo EP conta com a regravação de três músicas – sendo duas canções de outras artistas, Piloto Automático e Lua Cheia, e também a música Tempo, que faz parte do repertório da própria Sandy. As canções foram repaginadas para se encaixar na sonoridade da cantora e no que ela esperava de um projeto da pandemia. “Eu escolhi essas músicas todas porque eu acho que elas são atemporais”, contou.

As canções já estão disponíveis nas plataformas digitais e o clipe foi lançado nesta quarta-feira, 14/10, no YouTube.

Sandy

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“Tive a ideia durante a pandemia, a quarentena, justamente pela necessidade de expressar o que eu estava sentindo em relação a tudo isso. Eu acho que o que está acontecendo com o mundo muda o nosso olhar para muita coisa. Eu comecei a escutar certas músicas de uma maneira diferente, como eu nunca tinha escutado antes, e essas músicas me emocionaram muito. Eu senti que tudo o que eu falasse neste momento, eu estava correndo o risco de cair no clichê ou de não ser suficiente na minha expressão. Eu senti nessas músicas o que eu queria dizer, elas me tocaram de uma maneira diferente, e eu resolvi dar a minha leitura, a minha versão, mais pessoal. Uma coisa que me colocasse, que pudesse me expressar de uma maneira que eu me sentisse suficiente e mais completa”, contou Sandy na coletiva.

Inclusive, a artista define que o EP veio em um momento de liberdade poética, que faz parte de sua carreira solo, mas está em um lugar diferente. “Como era um momento diferente, eu senti a liberdade de fazer uma licença poética no meu trabalho. Aí vieram esses arranjos diferentes, essas músicas que são diferentes do que eu vinha fazendo na minha carreira solo, a cara e o jeitão dessas músicas são diferentes. Assim como a pandemia é uma exceção na nossa vida, esse EP também poderia ser como uma exceção ou como uma licença poética. O que vai ser daqui pra frente? Eu não sei. Eu não sei se eu vou continuar nessa onda, mas eu sei que eu me identifiquei muito. Não sei se vou me identificar só nesse momento, ou se é alguma coisa que vai perdurar, mas se eu pudesse me traduzir em forma de música seria isso agora, entendeu? Com essa cara, com esses arranjos, com esse jeito de cantar, com essa maneira de olhar”, comentou.

E os três clipes prometem encantar os fãs. Feitos em um Haras no interior de São Paulo, os vídeos têm como cenário um bosque com árvores altas e criam uma relação entre eles. Tanto que Sandy aconselha que sejam vistos na ordem de lançamento. “Eu senti esses três clipes como uma catarse, eles fazem um desenho do que foi essa pandemia para mim, do que está sendo essa quarentena, essa pandemia. Daquele momento em que você está completamente perdido e sem controle da situação. Então eu me descobri no meio daquela mata, eu abri o olho e estava ali em um lugar que eu não sabia onde era, o que era, o que eu tinha que fazer… e aí de repente eu vejo tudo isso e começo a me conectar com as minhas emoções e começo a sentir coisas, e começo a entender coisas também. E quando a gente entende as coisas é que vem as emoções”, descreveu.

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Vale ainda destacar que o projeto do EP não foi o primeiro plano que Sandy pensou para 2020. No ano em que completou 10 anos de carreira solo, ela planejava comemorar a data com os fãs em uma turnê que teria começado em agosto. Porém, com a pandemia, os planos mudaram.

Esse projeto não é o que eu tinha imaginado para esse ano. Eu tinha outros planos para esse ano. Estava todo traçado. É triste, mas a gente teve que aprender a se virar. Eu queria colocar a carreira para andar e poder mostrar alguma coisa diferente e inédita para os meus fãs”, disse ela, que completou sobre a necessidade de se reprogramar.

“E aqui nessa maneira meio amarrada na pandemia, eu senti a necessidade de fazer alguma coisa, que eu pudesse fazer nesse momento e eu sabia que não seria aquele projeto principal de retomada da carreira solo. Por isso, eu falei que era uma brecha, como uma licença poética, mas nas circunstâncias que estamos, é o meu projeto do momento em que eu faço 10 anos de carreira, por esse lado ele pode também ser encarado como um projeto especial como um projeto simbólico, até porque eu sou uma pessoa que me expresso plenamente nos meus trabalhos, eu sempre coloco a minha alma. Eu faço isso, eu só sei fazer assim, então é muito eu. Ele me representa. Então sim, é um projeto especial, que me representa nesse momento em que, coincidentemente, com a pandemia, eu faço 10 anos de carreira de solo”, finalizou.

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