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Catha, a revolucionária artista do mundo pop, lança novo single

Em conversa com a Mais Novela, a cantora fala sobre quebra de padrões e da inspiração da nova música, Ai, Meu Deus

Catha | Foto: Giselle Dias

Atitude, talento e muita personalidade. Características que definem facilmente Catha. Aos 20 anos, a artista demonstra em poucos instantes de conversa níveis de maturidade muitas vezes inatingíveis aos mais experientes. Dona de um visual marcante, ela diz com orgulho que sua aparência é a construção de sua identidade. Mas nem sempre foi assim. “Fui programada a me odiar e deixar de fazer isso é difícil”, conta a artista. Em uma luta constante para se adequar aos padrões impostos pela sociedade, Catha admite ter sofrido com o espelho e ter se submetido a inúmeras dietas até o dia em que entendeu que jamais seria como todo mundo e este momento foi libertador.

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A carioca também falou sobre a inspiração de sua nova música, Ai, Meu Deus, que fala sobre paixão platônica. Bem-humorada, a cantora se diverte ao admitir que se apaixona fácil. ”Se piscou, já estou apaixonada e tenho música para cada situação”, gargalha.

Recentemente lançou o single Ai, Meu Deus. Qual a mensagem que quer passar para seu público?
Essa música me trás muita alegria. Ela me faz dançar e querer me divertir. E é isso que quero transmitir ao meu público. Falo de amor, mas de uma maneira que ironiza os meus sentimentos sobre uma paixão que nunca vai dar certo.

Sua música fala sobre paixão platônica. A inspiração veio de alguma experiência pessoal?
Eu sou uma pessoa que apaixono por qualquer um, se piscou, já estou apaixonada (risos). E tenho música para cada situação. Às vezes, é uma paixão que eu sei que nunca vai dar certo e que a pessoa nem sabe que eu estou interessada, que é o caso de Ai, Meu Deus.

Está em um lugar de fala importante quando fala de autoestima, empoderamento…Em que momento da sua vida decidiu dar luz a estes temas tão importantes?
Passei a minha vida toda sofrendo com o espelho e odiando o que eu via. Sempre fui diferente das minhas amigas. Eu não via pessoas iguais a mim na TV, não via nenhum filme de romance com alguém igual a mim, então ficava difícil se amar. Depois de muito tempo lendo, assistindo filmes e documentários sobre aceitação e autoestima, comecei a entender que eu nunca vou estar 100 por cento satisfeita com o meu corpo, que o mais importante é amar ele do jeito que ele é. E eu sinto que as meninas dessa próxima geração precisam de alguém pra ensinar isso desde já para não terem que passar o que eu passei.

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Vivemos em uma sociedade em que ainda se vive em uma cruel ditadura da beleza, que é imposta pela sociedade. Como lidou com isso ao longo de seus 20 anos?
Fiz dieta a minha vida inteira, lutava muito para aceitar que eu tinha que comer diferente dos amigos , que não podia comer doce. Eu só queria ser igual a eles. Sempre tiveram comentários preconceituosos aqui e ali, mas eu tentava ignorar, mas acho que a pior crítica vinha de mim, que sempre fui dura comigo. Fui programada a me odiar e deixar de fazer isso é difícil. Mas, felizmente, cheguei ao ponto da minha vida eu eu cansei de me odiar, pois este sentimento demandava de muita energia. Cada curva, cada celulite, conta uma história minha, que tenho orgulho de compartilhar.

E em qual momento se olhou e percebeu seus valores mesmo que “diferente” dos padrões impostos?
Quando eu era menor, sempre percebia as pessoas falando de mim, mas eu não entendia porque eu era diferente, a grande questão de tudo isso era: Por que me sentia diferente ? Hoje entendo que não me encaixo em uma caixa que criaram para moldar. Sou criativa, quero estourar essa caixa e fazer arte com ela. Mostrar que aqui, sem esses rótulos, é muito mais divertido. Eu era tímida, mas tive que aprender a criar voz para fazer questão de ser ouvida.

Seu visual é algo marcante. Se inspirou em alguém ou é apenas resquício da personalidade forte de Catha?
Sempre tive uma personalidade muito forte, moda e música são os meus dois meios de me comunicar por arte. Eu acho que a Catha que todo mundo vê, realmente é a Catha que eu sou. Minha mãe me deu muita liberdade para criar a minha própria identidade e valeu muito a pena.

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Depois de Ai, Meu Deus, quais os próximos projetos?
Eu sempre tenho projetos em mente, mas no momento estou trabalhando em algo novo que estou super animada para lançar logo, mas ainda não posso falar muito sobre.

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