O funkeiro MC Poze do Rodo está no centro de uma nova polêmica. Preso na zona oeste do Rio de Janeiro por suspeita de apologia ao crime e associação ao tráfico de drogas, o cantor viu vir à tona o valor de seu cachê: pelo menos R$ 40 mil por show. Com essa média, ele chegava a faturar cerca de R$ 240 mil por mês apenas com apresentações.
O número foi divulgado após a Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj) cancelar uma apresentação do artista no Teatro João Caetano, em 2023, devido a críticas feitas por parlamentares. Na época, Poze já havia revelado que o valor de seu cachê havia dobrado desde o início do sucesso, quando ele cobrava R$ 20 mil.
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No mês passado, o cantor conseguiu recuperar uma série de bens de luxo apreendidos pela polícia. Entre os itens estão carros de marcas como BMW, Land Rover e Honda, além de 21 cordões de ouro avaliados em quase R$ 2 milhões.
A prisão aconteceu após uma investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que aponta que Poze fazia shows em áreas dominadas pelo Comando Vermelho, sempre com a segurança de traficantes fortemente armados. A polícia afirma que as apresentações contribuíam para o fortalecimento financeiro da facção. As letras do cantor também estão sob análise por supostamente promoverem o uso de drogas, armas ilegais e incitarem a violência.
Em declaração após ser preso, Poze se disse vítima de perseguição. “Essa implicância comigo já é de muito tempo. […] Isso é perseguição, é cara de pau”, afirmou. A defesa do artista negou as acusações ao portal UOL Splash e alega que não há crime nas letras de suas músicas. Já a Secretaria de Administração Penitenciária confirmou que o cantor foi encaminhado para uma unidade prisional onde estão detidos outros membros do Comando Vermelho, após declarar que não teria problema em conviver com a facção.
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