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Padre Fábio de Melo relembra sua reação ao ver o caixão da mãe

No programa Saia Justa, do GNT, padre Fábio de Melo chora ao contar sobre a dor de perder a mãe

Padre Fábio de Melo – Reprodução / Instagram

O padre Fábio de Melo não segurou as lágrimas e a emoção ao relembrar da dor de enterrar a mãe, que foi vítima da Covid-19. Em participação no programa Saia Justa, do GNT, ele relatou a sua reação ao ver o caixão da mãe no cemitério e comoveu todo mundo. 

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“Você não poder velar, não sei como ela foi sepultada. Ela era tão vaidosa, a gente não pode colocar o vestido que ela gostava. Sabe aquela cena que você não vai esquecer? Quando eu cheguei na porta do cemitério, desci do carro, eu vi o caixão da minha mãe. Eu não conseguia andar e falava: nessa caixa tá a mulher que mais amei na vida. Eu fiz duas faculdades, mas nada supera o que minha mãe me ensinou”, comentou. 

Então, o padre contou sobre quando falou com a mãe pela última vez, quando o quadro dela começou a piorar no hospital. “Eu lembro que a equipe que cuidava da minha mãe permitia que eu falasse com ela. Quando ela teve a primeira crise de falta de ar me mostrou como a doença era cruel. Eles me ligaram pra ela se acalmar porque muita gente é intubada antes da hora por culpa da ansiedade”, afirmou.

E completou: “Eu lembro como se fosse hoje: ela do lado de lá e eu dando a ela o que era de mais sagrado, que era o ser padre. Eu fui fazer uma oração como se eu estivesse em paz. Eu falei: agora a senhora vai dormir um pouquinho porque está muito cansada. A última frase dela pra mim foi: “vai ficar tudo bem”’.

HOMENAGEM PARA A MÃE

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A mãe de padre Fábio de Melo faleceu no dia 27 de março e ele a homenageou com um depoimento nas redes sociais

Minha mãe partiu hoje. Logo cedo, como quem tem pressa de viver a eternidade. A mim resta a dor térrea, o ferimento que rasga o corpo e a alma. Ela me deu a vida num Sábado de Ramos, como hoje. Nossa simbiose reuniu as regras do nascer e do morrer. Obrigado, minha dona Ana! Só Deus e nós sabemos o quanto fomos um do outro. Uma pertença que me fez sofrer, sorrir, amar, aprender, conjugar todos os verbos que tornaram válida a aventura de nossa existência. Seguirei hospedando sua memória, levando tudo o que couber dentro de mim“, disse ele.

Então, o padre Fábio relembrou de uma história com sua mãe. “Um dia, quando eu estava em Fátima, Portugal, eu liguei para a senhora e disse: “mãe, eu estou em Fátima!” A senhora imediatamente me disse: “Então, quando você estiver diante de Nossa Senhora, diga que eu mandei um beijo pra ela. Fala que é a Ana Maria, ela sabe quem é…” Sim, minha mãe, meu pedaço de mim. Na eternidade, onde a pureza e a bondade prevalecem, todos sabem quem a senhora é“, afirmou.

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Por fim, ele se despediu. “Leve de mim tudo o que quiser, tudo o que puder. O dia mais temido chegou. O dia de continuar neste mundo tão empobrecido, sem o precioso simbólico da filiação, sabendo que você não estará mais por aqui. Guarde meu coração com o seu. Até o dia que Deus voltar a me permitir deitar a cabeça no seu colo, enquanto você faz carinho nos meus cabelos, me chamando de Fabinho. Obrigado a todos vocês que rezaram, obrigado pelo amor com que vocês sempre nos trataram“, declarou.