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Matheus Campos, de ‘As Five’, revela ter sofrido racismo de motorista de aplicativo

Em entrevista, o ator disse que denunciou o ocorrido, mas que não foi a primeira que aconteceu

Matheus Campos interpreta Lito em ‘As Five’ – Reprodução/Instagram

O ator Matheus Campos, que interpreta Lito na série ‘As Five’, do Globoplay, revelou que sofreu racismo de um motorista do aplicativo, durante uma corrida em São Paulo. 

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Em entrevista à coluna Patrícia Kogut, o artista conta solicitou uma corrida na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, mas o motorista foi embora assim que o viu. “Foi uma ação não muito surpreendente para mim porque já aconteceu seguidas vezes”, explicou.

“Eu moro na Avenida Brigadeiro, em São Paulo, então, é difícil para os carros pararem. Assim que saí do prédio e acenei para o motorista me enxergar, ele acelerou o carro e se distanciou de mim. Eu fui seguindo pela calçada e ele, pela avenida. Por mais que a gente fale do racismo cotidiano, a gente nunca está preparado”, afirmou Matheus.

O artista conta que reportou o caso para a empresa, mas não concordou com a orientação que recebeu. “O atendente pediu que eu fizesse a denúncia contra o motorista, mas eu não acho que as pessoas que prestam um serviço tão precário têm que ser demitidas. Sou a favor da orientação, da instrução.”

Eu quis saber se eles iam demitir o funcionário. Eles disseram que não empregavam ninguém, que só faziam parcerias. Mas colocar mais uma pessoa desempregada em São Paulo passa a ser um problema de todos nós. Eu queria que um diálogo com esse motorista fosse criado para que ele fosse qualificado. Não é porque ele foi racista comigo que quero punição”, acrescentou.

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Por fim, o ator que interpreta o par romântico de Ellen (Heslaine Vieira) em ‘As Five’ disse que não foi a primeira vez que esse tipo de situação aconteceu com ele. “Em outra ocasião, o motorista me perguntou se eu estava indo a uma região periférica da cidade. Eu disse que não, mas que, se estivesse, isso não deveria ser levado em consideração. E ele só me perguntou isso porque associou minha cor à periferia. Claro que entra o medo com que todos vivemos, mas entram preconceito e racismo, obviamente”, encerrou.