Ela tem apenas 20 anos e tem e empreendedorismo no DNA. Filha dos atores Flavia Alessandra e o saudoso Marcos Paulo, Giulia Costa sabe bem o que quer da vida. Atuar é sim uma grande paixão, mas ela também se divide entre a faculdade de Cinema e os negócios. Ela inaugura hoje (quinta 12/11), o Feu, restaurante localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que une a culinária contemporânea à coquetelaria de excelência. Essa pop-up gastronômica é fruto de uma parceria da jovem e mais cinco sócios: o chef Philipe Martins; Pedro Vidal e Ana Luiza Vidal, da Seu Vidal; Pedro Guimarães, da Agência Taj; e Pedro Cassar, da Agência 4fly. Além do Feu, ela também tirou do papel o sonho de ter a sua própria marca de roupas: Mahalo. Danadinha. Confira o papo com essa jovem mulher de negócios!
Por que se tornar sócia em um restaurante?
Entendi que estava diante de um negócio atrativo, que me foi apresentado por amigos e profissionais que eu admiro muito. Ficar parada, vendo o tempo passar, é o oposto do que sou. Acho que estou sempre fervilhando de ideias. Eu amo gastronomia, mas acho que o meu prazer maior está em empreender. Estudei a proposta do Feu e entendi que seria muito interessante fazer parte deste negócio. Mesmo disposta a mergulhar em algo novo, sou muito pé no chão. Tenho somente 20 anos e tem coisas que a gente só entende com a experiência, com a vivência. Sei disso. Por isso, antes de me tornar parte desta sociedade, estudei para entender os riscos e saber se estava diante de uma oportunidade promissora de negócios. Não tive dúvidas: o Feu é um restaurante que tem tudo para atrair os cariocas no verão. O Feu, inicialmente, vai funcionar apenas até 31 de janeiro do ano que vem.
Você também deu o pontapé em sua marca. Ela se chama Malaho. Conte um pouco sobre ela.
Sim, a Mahalo nasceu com alguns propósitos e o maior deles é evitar o desperdício. A ideia é reutilizar tecidos e fazer peças únicas, com modelos e tamanhos que não se limitem às numerações padronizadas. É o que chamamos de slow fashion. Na Mahalo, todas as sobras de matéria-prima de grandes marcas têm um destino, de roupas a acessórios. Toda a nossa produção é feita por mulheres, costureiras que estão em algum tipo de situação de vulnerabilidade, seja por condição financeira ou social.
Por que criar uma marca com esse compromisso social?
Eu já pensava em ter uma marca e para mim só teria sentido se houvesse alguma relação com sustentabilidade. Tento não usar cosméticos testados em animais ou que tenham substâncias poluentes em sua composição, sou vegetariana e tenho muita consciência do que consumo. Produzir algo fora desta minha filosofia não teria o meu DNA. Nós estamos conseguindo produzir sem gastar água, por exemplo.
E a TV, há planos de seguir com a carreira de atriz?
Sim! Ser atriz é algo que me ilumina e me estimula. Adoro estudar para estar disponível para as oportunidades que possam aparecer. No ano que vem farei um trabalho na tv. Ainda é cedo para adiantar detalhes da personagem. Mas já estou muito ansiosa para começar a trabalhar.
A pandemia ainda é uma dura realidade. Como foi o período de isolamento social e como tem sido esse momento de retomada?
Por um lado, não tenho o direito de reclamar. Pude cumprir o isolamento em casa, com a minha família. Mas muita gente precisou trabalhar e ficou muito mais exposto ao vírus. Mas por outro lado, foi muito angustiante acompanhar o mundo tão incerto e inseguro, com o número de pessoas doentes crescendo absurdamente e com tantas perdas. Por isso não podemos relaxar e atitudes simples como lavar as mãos e usar máscaras são as únicas garantias que temos para nos protegermos.
O que você espera para 2021?
Pessoalmente, quero trabalhar e me dedicar aos meus negócios, aos estudos e à atuação. Mas eu espero que a gente não se esqueça dos aprendizados que 2020 nos trouxe. Não tem sido fácil, a maioria das pessoas precisou abrir mão de algo importante. Mas nunca o cuidado com o outro foi tão necessário para a nossa sobrevivência.