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Érico Brás – reprodução/instagram

Érico Brás participou de uma live promovida pelo ator e apresentador Fábio Porchat na última terça-feira, 26/05. Um dos assuntos predominantes entre eles foi discriminação. Em determinado momento da entrevista, o apresentador do Se Joga lembrou do dia em que foi revistado porque uma fã disse que ele pegou sua bolsa.

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O global disse que o episódio aconteceu quando começou a trabalhar como ator no Bando de Teatro Olodum, em Salvador, na Bahia. Ele ainda contou que no final da sessão do espetáculo Bando da Raça, ele saiu correndo da coxia para o ponto de ônibus, esperar o ônibus que o levaria para casa, mas foi parado no meio do caminho.

Ele continuou dizendo que saíram dois policiais e uma mulher branca, apontando o dedo para dizendo que teria pegado a sua bolsa. Um policial revirou sua mochila e lhe fez perguntas e durante este momento, comentou que trabalhava como ator e que teria acabado de sair do teatro.

Ah menino, é você que faz aquela peça?”, perguntou a mulher. “Sim, sou eu, que faço o personagem patrocinado”, respondeu ele, interpretando o personagem no ponto de ônibus. “Comecei a fazer a coreografia. Até que ela fala: ‘Não é ele não’“.

Ele continuou contando: “Nesse meio tempo, meu ônibus, que era o último, passou no ponto, pegou quem tinha que pegar. O ônibus foi embora, fiquei sozinho no ponto fazendo o personagem. Os policiais falaram: ‘Vamos embora’. Eu disse: ‘Espere aí. Meu ônibus foi embora, como que eu faço?’. O cara falou: ‘Se vira meu irmão, você é artista. Se vira”, lembrou Érico.

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“A arte me salvou. Por um momento eu me vi como um escravo no Mercado Modelo, pulando, provando que eu estava apto pra ser liberto, liberado. Se eu não fosse um artista eu estava fodido. E me assustou ainda mais a autoridade da mulher sobre o Estado. Ela comandava o carro da polícia. São coisas absurdas. É como o João Pedro.”, refletiu.