Juliana Alves manda recado importante sobre racismo

Nesta última terça-feira, 02/06, Juliana Alves usou seu perfil nas redes sociais e aproveitou toda mobilização contra o racismo para publicar uma reflexão muito importante sobre o real valor das manifestações.

Em seu Instagram, a atriz usou o espaço para uma mensagem importante a todos seus seguidores.

”Minha formação pessoal se deve a mulheres negras incansáveis na luta. Se hoje podemos dizer que conquistamos muitas coisas, foi graças há movimentos que muitas vezes são invisibilizados e chamados de chatos. Por muitos… Obrigada por postar o quadradinho preto. Você quis dizer que temos que parar para pensar e mudar isso, não é? Temos quem? Minhas caras, será que sua adesão ao blackout pode te ajudar a enxergar a verdade que falamos há tanto tempo? Você poderia aderir ao movimento de refletir? Sobre o que você tem feito sobre isso. Sobre o seu ponto de vista? O que você enxerga quando vê um homem negro correndo na rua?”, iniciou ela.

”O que vem à sua cabeça quando fica sabendo que um jovem negro foi morto na favela? O que você enxerga? O que você enxerga quando sabe que uma dona de casa foi arrancada da sua porta, na frente dos filhos, e arrastada por um carro de polícia? O que você enxerga quando um helicóptero dá tiro, “só na cabecinha”? O que você lê na palavra mimimi?”, continuou.

Em seguida, ela continuou fazendo mais críticas: ”E quando a maior autoridade do país ridiculariza a luta do povo negro por justiça e a luta dos povos indígenas? Qual a imagem que você vê quando escuta que tem que armar o povo? De que “povo” ele tá falando? Da favela? Será? Cara gente amiga, influencer, mãe, amante da cultura brasileira, artista… Chegou a hora de parar de não enxergar. Hora de deixar a gente ver de que lado você está!”, afirmou.

”Não era pra ser assim. Mas é. Não era pra ter racismo, plano de genocídio da população negra, mas está tendo há muito tempo. Por que nós não somos iguais. E isso não era pra ser ruim. Você que esteve com os olhos fechados a nosso respeito. Pode abrir. Não é seu lugar de fala. Mas você pode e deve mudar suas escolhas”, disse.

Para finalizar, Juliana contou diversas formas de promover mudanças práticas sobre este problema da sociedade.

‘Você está disposta a fazer sua parte, minha cara? Você já coloriu suas ideias e entende que você é parte disso? Porque não foram as pessoas negras que inventaram o racismo. Quantos funcionários (as) tomam decisões importantes pra sua empresa? Contrate mais pessoas negras. Dê oportunidade pra pessoas negras. Pague o justo pelo trabalho delas. Precisamos respirar. Você está vendo. Quero e aceito seu gesto”, finalizou.