Carlos Alberto de Nóbrega espera o fim de A Praça É Nossa após sua morte

Humorista afirma que não quer que o programa continue no ar após ele partir

Carlos Alberto de Nóbrega no programa Conversa com Bial – Reprodução / Globo

O humorista Carlos Alberto de Nóbrega esbanjou sinceridade em uma entrevista no programa Conversa com Bial, da Globo. Ele confessou que não espera que o programa A Praça É Nossa, do SBT, continue no ar após a sua morte. Inclusive, o artista não deseja que seu filho, o diretor Marcelo de Nóbrega, assuma o seu lugar no banco do programa.

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“Não imagino a Praça nem daqui a cinco anos. Acho que a Praça acaba comigo. Seria desejar um mal enorme para o Marcelo passar tudo aquilo que eu passei. E o sonho do Marceloa seria sentar ali no banco. Mas eu acho que é muito peso. E eu gosto demais dele para querer isso para ele. Porque o lugar é dele. Só que a comparação… Ele não tem a estrutura que eu tive. Eu comecei a trabalhar com meu pai aos 9 anos de idade. Nós tínhamos uma afinidade muito grande”, contou.

Carlos Alberto ainda ficou muito emocionado ao falar sobre o que viveu nos últimos meses. Ele disse que enfrentou a depressão durante a quarentena. Proibido de gravar o seu programa no SBT, o artista foi para o interior de São Paulo.

“Quando a coisa estourou, meu primeiro passo foi ir para o sítio. Fiquei até finalzinho de abril numa boa. Porque tinha sol, era verão, tinha piscina, meus bichinhos. De repente comecei a ficar com saudades. Porque íamos parar por 40 dias. Eu tinha programas prontos só até o final de março. Eu digo: bom, em maio volto a gravar. Aí caiu a ficha. A ordem do Silvio é só voltar quando houver a vacina, quando não tiver mais perigo nenhum”, declarou.

E ele continuou: “Mas aí, Bial, comecei a ficar com depressão. Fiquei deprimido, coisa que não sou. Sou um cara alegre, pra frente. Comecei a chorar, ficar mal. Já não queria ficar no sítio. Vim para São Paulo e fiquei em casa. Fiquei uma semana e foi pior, porque estou a 15 minutos da televisão. Aí tive que preparar as reprises e tive que ir pra TV. Quando cheguei naquela televisão e vi aquilo vazio, eu estava no meu carro e comecei a chorar. Mas eu chorei muito, muito, muito. Aí eu fiquei mal”.

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