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Em conversa com Bial, Zeca Pagodinho revela dificuldades de enfrentar a quarentena: ”Nem sei que dia é hoje”

Cantor fala da tristeza e crise de inspiração por conta da pandemia

Zeca Pagodinho no Conversa com Bial – Reprodução/Globo

Em participação no programa Conversa com Bial, da TV Globo, exibido na madrugada desta quinta-feira, 02/07, Zeca Pagodinho falou sobre os desafios de se manter inspirado e criativo durante a quarentena.

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Afastado dos palcos por conta da pandemia de Covid-19, o cantor confessou que está sentindo dificuldades de escrever novas canções. “Esse ano eu fiz umas quatro músicas. Para quem fazia quatro por dia, isso é bem pouco”, desabafou. “Rapaz, eu nem sei que dia é hoje. Não sei se é quinta, sexta, sábado ou domingo, tem dia que não sei de nada. Eu gostava de sair todos os dias, de ir na gravadora, no salão e está esquisito o bagulho”, refletiu.

Abalado, Zeca diz à Pedro Bial que sente saudades de sair de casa para passear e trabalhar: “Tem dia que acordo muito triste. Eu moro em frente ao mar e não vejo mais ninguém na rua, mais nada, está tudo parado”. Sem perder o bom humor, o sambista falou do desejo beber uma cervejinha no bar quando tudo isso passar. “Hoje até sonhei que estava tomando uma cerveja em Xerém [em Duque de Caxias]”, brincou.

Para o artista, um dos maiores desafios do momento é lidar com o isolamento social, sem poder sair de casa e ver os amigos. “Que vida é essa, Bial? Eu gosto da rua, do botequim, da conversa fiada, do partido alto, da favela. Estou louco para cantar o meu samba e ver os meus amigos. Tenho saudade dos shows, dos aplausos e dos sorrisos. Eu fico esperando acordar um dia e alguém me dizer: ‘Acabou'”, completou.

 

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